quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Sindicato dos Policiais Militares critica prisão de 11 PMs no Acre

Protesto Policiais Militares (Foto: Saimo Martins/ Arquivo pessoal)

O Presidente do Conselho Deliberativo do Sindicato dos Policiais Militares, Abraão Pupio, criticou nesta quinta-feira (5) a forma como vem sendo conduzido o inquérito que levou à prisão 11 PMs acusados de participação no desaparecimento do auxiliar de pedreiro Gildemar da Silva Lima. Com cartazes nas mãos, familiares, amigos e colegas de profissão demonstraram solidariedade aos presos, em protesto em frente ao Palácio Rio Branco, na capital.

"O que nós queremos é um julgamento e um procedimento de investigação justos", afirmou Pupio. Para ele, os colegas foram presos na sexta-feira (29), em Rio Branco, por meio da 'Operação Gênio', sem o direito de ampla defesa e sem provas suficientes. "Nós temos pessoas que cometem crimes com provas mais contundentes que respondem o processo em liberdade", alegou.

Ele utilizou como argumento o Estatuto dos Policiais Militares Estaduais do Acre, em que, segundo Pupio, fica claro que o militar deve ficar custodiado em estabelecimento próprio, e não no presídio federal Antônio Amaro Alves, para onde foram encaminhados de início.  "Não é porque eles são melhores que os cidadãos comuns, é porque como são operadores de segurança pública, correm um risco muito grande ficando no mesmo lugar que outros detentos", acredita.
Ele criticou ainda a exposição demasiada do caso com a divulgação de nomes e fotos dos policiais presos em coletiva de imprensa convocada pela Secretaria de Segurança Pública, com a participação do Secretário de Polícia Civil do estado e do Comandante Geral da Polícia Militar. "Além de ser uma violação, ainda prejudicou os policiais no reconhecimento das vítimas. Eles são pais de família, todos possuem bons antecedentes e bom comportamento", garantiu.
Para pedir apoio aos parlamentares, a categoria procurou a Assembleia Legislativa do Acre.  "A ideia é que os deputados possam acompanhar o caso para garantir transparência e lisura ao processo. Da forma que foi feita, os policiais já foram julgados e condenados antes mesmo de o juiz apreciar o mérito da questão", finalizou.
Entenda do caso
A Polícia Militar do Acre prendeu na manhã desta sexta-feira (29), em Rio Branco, por meio da 'Operação Gênio', 11 policiais militares, do 2º Batalhão da PM, suspeitos de envolvimento no desaparecimento do auxiliar de pedreiro Gildemar da Silva Lima, em julho deste ano. As investigações estavam sendo feitas pela Polícia Civil do estado desde o dia 9 de setembro.
Segundo a família da vítima, Gildemar da Silva Lima, o 'Aladim', foi retirado de dentro de sua casa, no loteamento Praia do Amapá, em Rio Branco, no dia 9 de julho deste ano, por homens armados que teriam se identificado como policiais.
FONTE.G1

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