terça-feira, 9 de julho de 2013

Notícia-crime

Bom dia, leitores

Mensagem enviada pelo mitômano na noite de sábado (6) para meu celular


Já vi o então governador Jorge Viana ser acusado no jornal A Gazeta de ter mandado os homens dele estuprar uma filha do então editor Jaime Moreira.

Já vi o casal de deputados Edvaldo Magalhães e Perpétua Almeida acusado na imprensa como consumidores de cocaína e promotores de orgias sexuais em sua casa. Magalhães chegou a fazer exame com resultado negativo para contestar a vilania.

Já vi o então senador acreano Geraldo Mesquita ocupar a tribuna do Senado (veja) para denunciar um complô que o acusava de pedofilia.

Já vi a chefe do cerimonial do governo do Acre, Nena Mubarac, sendo acusada injustamente de envolvimento com uma rede de prostituição e pedofilia e sendo ameaçada de prestar depoimento numa CPI do Congresso.

Já vi o poeta Mauro Modesto sendo acusado durante meses na imprensa de ter estuprado uma criança de três anos, ser convocado a depor numa CPI da Pedofilia, na Assembleia do Acre, e lá descobrirem que um outro Modesto não era o imortal da Academia Acreana de Letras. Por sugestão do então deputado Luiz Calixto, a Assembleia realizou sessão de desagravo (veja) com a presença do poeta.

Já vi o dono do jornal A Gazeta, Sílvio Martinello, em carta aberta ao então governador Jorge Vina dizer:

- Vou terminando essas mal traçadas linhas, governador, mas antes preciso ainda lembrar-lhe uma historinha: injúria eu teria praticado contra o senhor e sua família, dias depois do senhor ter sido eleito governador do Estado, inclusive com a minha torcida e meu voto, se eu não tivesse avisado ao seu assessor de Comunicação, Anibal Diniz, o que acontecera na Baixada da Habitasa. O senhor estava viajando pelo Japão. Se não tivesse proibido meus repórteres de explorarem o assunto. Não tivesse impedido que aquele pobre homem, aquele trabalhador cometesse uma loucura.

Neste ano, em março, o desempregado José Célio de Souza Lucas, 38, pai de família foi mais uma vítima (veja) da irresponsabilidade. Suspeito de ter estuprado uma criança de sete anos na periferia de Rio Branco, foi quase linchado e teve o nome e o rosto estampados nos veículos de comunicação do Acre. Depois do massacre moral, não foi reconhecido pela criança como o estuprador alardeado por moradores, polícia e imprensa.

Já vi tanta coisa no Acre. 

Em 2006, o jornalista Antonio Stélio escreveu num site já extinto "Carta a um pederasta safado". Não respondi e nem movi processo, mas, no ano passado, neste blog, publiquei o post "Página Virada", em que reproduzi e aceitei o pedido de desculpa do jornalista. 

Desde a semana passada, a carta tem sido distribuída pelos robôs alucinados do governo e do PT em redes sociais. Distribuíram para e-mails de servidores públicos e até criaram um blog para reproduzir o conteúdo da carta. A bandalha dá a entender que a carta é atual. Antonio Stélio tomou conhecimento enviou a mensagem seguinte:

"Caro Altino,

Espero seu retorno a Rio Branco para entregar o livro que prometi.

Fiquei surpreso em saber que esse pessoal do poder – e seus lambe botas – usam de nossas rusgas passadas e superadas, para atingi-lo. Trata-se, Altino, de gente que fede à distância. Sei, porém, que és um guerreiro que não verga perante qualquer intempérie.

Se não são capazes de produzir os seus próprios textos, isso, por si só mostra quem eles são: ladrões que surrupiam o texto alheio. Incapazes de fabricarem as próprias armas para o combate que se faz necessário, apenas forjam, simulam uma reação, por inaptos que são.

Pela consulta que fiz devo ter direito a uma indenização por publicação não autorizada. Mas isso fica por conta do meu rábula.

De resto, Altino, me coloca à sua disposição. Se achares necessário dou uma respostas diretamente a eles (e lhe asseguro que não usarei de texto alheio), antes que voltem para a cadeia, que é um lugar desta corja petista."

Como se não bastasse, um conhecido mitômano, que ocupa cargo de assessor especial do governo estadual, com salário mensal de R$ 10,4 mil, além de escrever um panfleto que usa para sangrar ainda mais o erário, usou rede social para publicar uma nota ignóbil em que me acusa também de pedofilia. Não é a primeira fez que gente ligada ao governo do Acre faz isso numa tentativa de me intimidar.

Não respondo e nunca respondi a processo dessa natureza.

Também não vou bater boca em rede social com a bandalha.

Em defesa de minha honra, de meus filhos, de minha ex-mulher, de meu neto, de minha mãe, de meus irmãos, de meus amigos e de minha atual companheira, o caso será judicializado pelo advogado Fernando Pierro nesta segunda-feira (8) contra quem escreveu e contra os que compartilharam e comentaram o conteúdo torpe.

Atualização às 12h36 

A bandalha removeu o conteúdo tardiamente, mas removeu.

- A remoção não apaga a ofensa perpetrada contra a sua pessoa, Altino - diz o advogado Fernando Pierro, que "printou" tudo e elabora a notícia-crime.

FONTE.ALTINOMACHADO

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