Obra de R$ 13 milhões abandonada pelo Governo do Acre causa transtorno em Cruzeiro do Sul

Ray Melo, da redação de ac24horas
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Prometida para ser executada em 14 meses, a construção do Parque Linear, em Cruzeiro do Sul, está abandonada e causando transtorno aos moradores dos bairros do Remanso, Cruzeirão e Telégrafo. A obra de mais de R$ 13 milhões chegou a ser iniciada, mas teria sido paralisada pela falta de recursos para indenizar moradores próximos ao empreendimento.

Segundo pessoas ligadas a Construtora Colorado, tudo que já foi feito no percurso dos 500 metros do Parque Linear, não poderá ser reaproveitado com a retomada das obras. Os canais que já teriam sido construídos teriam que ser feitos novamente. A obra do Governo do Acre foi iniciada em um local desabitado, mas a intervenção causou vários prejuízos à comunidade.

Os moradores reclamam das constantes inundações de suas residências e das ruas que foram cortadas pelas máquinas que deixaram imensas crateras, colocando em risco a vida de pessoas que trafegam no local. A construção começou a ser executa no período eleitoral, quando a Frente Popular, capitaneada pelo PT, teria tentado impressionar os eleitores.

Depois da derrota do candidato ligado ao Governo do Acre, a obra foi paralisada e o barro se acumulou nas galerias construídas pela empreiteira. Populares dos bairros que seriam beneficiados denunciam que além dos alagamentos constantes também podem ser vítimas de desmoronamentos, já que em alguns quintais existem rachaduras.

A obra que deveria beneficiar mais de duas mil famílias, com esgoto, rede de abastecimento de água, acessibilidade e áreas de lazer, se transformou num problema ainda maior do que antes da intervenção da construtora no local. Para os moradores próximos a obra, o local está se tornando inadequado para qualquer tipo de habitação.

A reportagem de ac24horas procurou o secretário de Obras do Estado, Wolvenar Camargo. Segundo ele, por ser uma edificação em fundo de vale, a obra foi paralisada durante o inverno e estão acionando a empresa para dar continuidade aos serviços no verão. Camargo informou ainda, que os recursos para as desapropriações já foram liberados.

“Na primeira fase da obra R$ 1 milhão foi utilizado para desapropriação das primeiras famílias. Só a partir daí é que começou a execução do projeto. A obra foi paralisada para evitar desperdício de material, estamos falando de uma edificação de fundo de vale, quando chega o inverno chove e alaga fica um aspecto ruim, mas retomaremos o projeto em breve”, diz Wolvenar.

Questionado sobre qual seria o prazo para reinicio dos trabalhos, o secretário afirmou que “dentro de uma semana, as obras deverão ser retomadas”. Wolvenar Camargo disse ainda, que a obras está de acordo com o projeto e que não existe risco do que já foi feito esteja em desacordo com o projeto  original. “Não existe desacordo com o projeto”, enfatiza.

De acordo com o secretário, o Governo do Acre conseguiu a liberação de R$ 2,2 milhões para as novas desapropriações. “Está tudo dentro do cronograma estabelecido. O transtorno existe, como em qualquer edificação. A obra trará qualidade de vida para as comunidades que ficam em seu entorno”, finaliza Wolvernar Camargo.

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